quinta-feira - 04/02/2021

Saúde realiza ações educativas na Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência

Por: DIRETI

O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é alto no Brasil, com cerca de 20% da mortalidade infantil no país sendo decorrente dos óbitos precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos. Em Mossoró graças ao trabalho de profissionais da atenção integral à Saúde os índices têm apresentado uma queda significativa. Várias ações educativas vão ser realizadas em escolas das redes pública e privada, em razão da Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência, que foi instituída pela Lei nº 13.798/2019 e que entrou em vigor também no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Neste ano, as ações educativas começaram pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPIS) do Nova Betânia. "Várias UBS's aderiram, a gente pediu aos estabelecimentos da atenção básica e também da atenção especializada para realizarem ações de orientações de prevenção à gravidez na adolescência nas instituições que atendem um público de 10 a 19 anos. É um trabalho onde estamos plantando as sementes e colhendo já bons frutos com a redução dos números de casos no município no período de 2017 a 2018", disse Suiann Costa, coordenadora da atenção integral à saúde da mulher.

Em Mossoró, dados da Secretaria Municipal de Saúde comprovam esta redução. Em 2015 foram registrados 38 partos feitos em gestantes que tinham entre 10 e 14 anos, ante 612 partos em gestantes com idades entre 15 e 19 anos. Em 2016 os números caíram para 22 e 594, respectivamente. Já em 2018 foram registrados 20 na primeira categoria e 464 partos entre adolescentes com idades entre 15 e 19 anos. Em 2019, nasceram 19 bebês com mães que tinham de 10 a 14 anos e 451 com mães entre 15 e 19 anos.

Os riscos à saúde da mãe e do bebê são muitos, como prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclâmpsia, depressão pós-parto, entre outros.
Um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), publicado em 2018, aponta que a gravidez na adolescência ocorre com maior frequência entre as meninas com menor escolaridade e menor renda, menor acesso a serviços públicos, e em situação de maior vulnerabilidade social.

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