Marcada pela diversidade de opções em sua extensa programação, que vai desde a exposição, feira e leilão de animais e apresentações culturais, a Festa do Bode, que está em sua 21ª edição, conta com um grande espaço destinado à exposição e comercialização do artesanato potiguar.

Na Feira de Artesanato, os visitantes do evento poderão conhecer o trabalho dos artesãos integrantes do Projeto Fazendo Arte, da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social e Juventude.

O Projeto Fazendo Arte, da Secretaria de Desenvolvimento Social e da Juventude, é coordenado por Naide Bessa, que explica que dos mais de 300 artistas e artesãos cadastrados no projeto, cerca de 30 estão participando desta edição da Festa do Bode.

“Dentro do Projeto Fazendo Arte, os artesãos cadastrados participaram de vários aperfeiçoamentos com o Sebrae, para a melhoria na gestão do negócio, cursos com noções de empreendedorismo, técnicas de venda, formação de preço, apresentação do produto para a venda. Os temas das capacitações foram elaborados pela coordenação do projeto, a partir das necessidades observadas junto aos participantes”, enfatiza.

Naide Bessa, também ressalta que o objetivo do projeto é resgatar ao máximo os costumes, as tradições, a cultura regional, mesmo que seja uma adaptação, uma mistura do material industrializado, do material processado, com a nossa matéria prima bruta, regional, como a corda com o EVA, o laço de cetim com a juta (estopa), ou a fita de cetim com a chita.

Mauro Costa é um dos artesãos presentes a feira. Ele diz que esta é uma boa oportunidade para divulgar seus produtos. “Participar de eventos como a Festa do Bode, abre portas para o nosso negócio, é uma oportunidade, não só para vender nossos produtos, mas é importante porque a gente pode divulgar o trabalho que a gente faz para o público e até para empresas interessadas em comercializar nossas peças”.

O artesão diz que o projeto Fazendo Arte, valoriza o artesanato potiguar, aquele que utiliza elementos naturais como coco, sisal, madeira, pedras do rio.

Foi também através do Projeto Fazendo Arte, que Maria do Céu Maia da Silva, que já fazia trabalhos manuais para vender como bijuterias, e depois passou a trabalhar com feltro e EVA, passou a fazer artesanato utilizando matéria prima de origem natural, como a quenga do coco, o sal. “Minha renda sempre foi através de trabalhos manuais. Como tenho quatro filhos, sempre trabalhei de casa. E fazer a oficina de empreendedorismo do Projeto Fazendo Arte, decidi ampliar o meu trabalho, passando a utilizar outros produtos, para fazer o artesanato”, comenta.

Maria do Céu explica que participar da oficina “Transformando sua ideia em modelo de negócio”, através do Projeto Fazendo Arte, também a ajudou a entender mais seu trabalho como um próprio. “A gente aprende a cuidar melhor do negócio, reduzir custos, a comprar material de qualidade, a precificar, a entender o que é lucro, a precificar, além de utilizar as redes sociais como uma ferramenta de divulgação e venda dos nossos produtos”.