A Secretaria Municipal de Cultura retomou a série de reuniões para dialogar com a classe artística de Mossoró. Mais de 40 artistas, produtores culturais e representantes de grupos e entidades já foram ouvidos em reuniões presenciais e on-line. Na tarde desta sexta-feira (19), produtores culturais foram recebidos para debater e propor ações para ampliar participação da categoria no planejamento estratégico cultural do município. A reunião foi realizada na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte, que agora também é a nova sede da Secretaria de Cultura.

Segundo o secretário municipal de cultura, Etevaldo Almeida, esse diálogo com artistas, produtores e demais fazedores de cultura garante a participação da classe artística na elaboração do planejamento estratégico a partir da demanda da população. A ideia é propor o orçamento participativo da Secretaria de Cultura e o Plano Plurianual da Cultura com base nessa articulação.

“Nós, enquanto Secretaria de Cultura, estamos retomando uma agenda de diálogo com fazedores e fazedoras de arte e cultura do município de Mossoró, bem como com todos os que fazem parte da cadeia produtiva. Nosso objetivo principal desde sempre foi trabalhar articulado com os artistas. O objetivo principal é escutá-los para que a gente possa pensar as ações que farão parte do Plano Plurianual da Gestão Pública de Cultura do município de Mossoró, sobretudo, trabalhando com a ideia do orçamento participativo. Nós iremos nesse momento identificar quais são as demandas, objetivos e o que os artistas pensam em termos de cultura de Mossoró. Dessa forma, possamos fomentar a dinâmica do seu trabalho como artista para que a gente possa enquanto gestão pública está fomentando a realização dessas ações”, explicou o secretário Etevaldo Almeida.

A produtora cultural Karine Furtado aprovou a iniciativa da Secretaria de Cultura de ouvir e debater com os artistas e demais profissionais. Ela sugeriu que um curso de capacitação seja criado para orientar a classe cultural sobre os editais culturais, evitando que barreiras burocráticas dificultem o acesso aos recursos de fomento da cultura. A produtora também ressaltou que os projetos culturais precisam chegar as periferias e a Zona Rural da cidade.

“A iniciativa de chamar todos de acordo com cada segmento dentro da cultura foi importante, essencial e necessária para ouvir o que cada um tem a dizer. Os anseios e necessidades de cada um são muito importante para entender por onde ir. Esse diálogo é muito importante e estava fazendo falta. É importante se manter assim. Com relação aos eventos irem para comunidades, zonas rurais e bairros periféricos porque a gente está muito acostumado a ter ali um Corredor Cultural, não que isso não seja bom, mas nem todos podem estar no Corredor Cultural. Existem os bairros mais distantes e nas zonas rurais é importante que se pense em levar a cultura, levar os espaços, o teatro, a música e a arte para essas comunidades”, destacou Karine Furtado.

Para Mykaell Bandeira, produtor cultural, a Secretaria de Cultura precisa manter esse diálogo, que antes não era realizado. “Esse é o primeiro contato com a nova gestão da Secretaria de Cultura e é louvável essa iniciativa de buscar o diálogo que a porta para iniciar todas as coisas. A gente deseja boa sorte e que de fato as coisas melhorem daqui para frente na secretaria”, disse o produtor cultural.

As reuniões denominadas de “Escuta Sensível” foram iniciadas em janeiro pela equipe da Secretaria de Cultura e devem continuar em novos encontros com os artistas.