A Secretaria de Saúde apresentou na manhã desta quinta-feira (09), na Câmara Municipal de Mossoró, as contas do terceiro quadrimestre do ano de 2018, seguindo uma determinação da lei complementar 141/2012. Ao longo do ano de 2018, a Prefeitura investiu R$ 214.481.166,98 nas áreas da Atenção Básica, Especializada, Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Suporte Profilático e Terapêutico, Vigilância Sanitária e outras áreas.

A apresentação de contas, com os avanços e os números da saúde municipal, foi feita pela gerente executiva de Saúde, Joaniza Vale. A gerente destacou que a Secretaria de Saúde realizou somente no ano passado mais de 4 milhões de procedimentos junto à população.

Joaniza Vale apontou ainda que nos últimos quatro meses de 2018, todas as UPAs juntas realizaram mais de 179.027 procedimentos à sociedade. A UPA do Santo Antônio foi a campeã de atendimentos, realizando 68.100, seguida da UPA do Alto de São Manoel, com 60.766, e UPA do Belo Horizonte com 50.161. A gerente de Saúde também mostrou que 199.469 consultas e exames foram autorizados por meio do sistema regulador SISREG.

A Secretaria de Saúde, Saudade Azevedo, participou ativamente da Audiência Pública e destacou que Mossoró conseguiu atingir vários indicadores. "Conseguimos atingir os indicadores vacinais, que são respeitáveis. Conseguimos reduzir os indicadores da mortalidade materna e muitos outros. Estamos trabalhando incansavelmente para sempre melhorar.”, disse.

Saudade Azevedo ainda foi além e defendeu um melhor financiamento do SUS. "Nós nos preocupamos muito com essa questão do financiamento da saúde pública. Não é uma realidade só de Mossoró, mas de todo o país. Temos sofrido, nós, municípios, com as políticas do Ministério da Saúde porque ela, às vezes, é um pouco cruel, pois dita as regras e pede para a gente fazer as coisas sem custear esses serviços. Os municípios acabam arcando com o resto.”, pontuou.

A secretária voltou a reafirmar que o Município não recebe há anos as contrapartidas obrigatórias de UPAs, Farmácia Básica e SAMU por parte do Governo do Estado. A falta desses recursos vem prejudicando o Município diretamente, uma vez que a Prefeitura acaba arcando com essas responsabilidades praticamente sozinha.

“Fazer Saúde hoje é muito complicado, porque a cada dia aparece uma tecnologia, uma doença nova. Saúde não tem preço, mas tem custo. E é um custo muito alto.”, afirmou Saudade.

CIRURGIAS ELETIVAS

A secretária Saudade lembrou aos vereadores e a sociedade que de 31 cirurgias eletivas realizadas na semana passada, 21 eram de cidades circunvizinhas e só 10 eram de pessoas de Mossoró . “O quantitativo de pactuação dos municípios é mínimo. De 64 Municípios só uns 10 pactuaram e são valores mínimos que não pagam a quantidade de cirurgias eletivas que nós fazemos deles”, concluiu Saudade.