O Dia do Gari, celebrado anualmente em 16 de maio, representa um momento significativo para refletir sobre a importância desses trabalhadores e trabalhadoras na manutenção da limpeza e na promoção da saúde pública em nossa sociedade contemporânea. A data, instituída no calendário oficial, não somente honra a dedicação e o esforço diário destes profissionais, mas também ressalta o papel fundamental que desempenham na gestão urbana e ambiental. A data foi celebrada com café da manhã nesta quinta-feira, na sede da Vale Norte, empresa responsável pela manutenção da limpeza urbana da cidade. Ao todo, são mais de 350 colaboradores que estão 24 horas trabalhando por uma 'Mossoró Limpa'.

“Eles são uns heróis que estão à frente da limpeza da cidade de Mossoró. É um trabalho de muita responsabilidade, que é muito exigido pela população. Então, a sociedade exige que tenha uma cidade limpa e eles fazem esse trabalho com muito amor, com muito carinho, é um povo muito focado no que faz. São trabalhadores, homens e mulheres, que se dedicam a fazer a limpeza com eficiência, com qualidade e com respeito à população”, enalteceu Miguel Rogério, secretário municipal de Urbanismo, Meio Ambiente e Serviços Urbanos.

A cidade de Mossoró passa a contar agora com uma equipe de garis na coleta domiciliar, formada por mulheres. “Muito importante, Mossoró é a única cidade do estado do Rio Grande do Norte a ter uma turma de garis composta só de mulher, mostrando que a mulher não tem limite, ela pode trabalhar onde quiser. O espaço está garantido”, concluiu Miguel Rogério.

Depoimentos emocionantes ressaltaram a satisfação pessoal em contribuir para uma cidade mais limpa e acolhedora, garis que se destacaram pelo comprometimento e excelência no trabalho.

Maria Zulene, que há 20 anos trabalha na limpeza urbana nas ruas de Mossoró, falou com orgulho em estar no dia a dia promovendo a limpeza da cidade. “É uma satisfação muito grande, é um prazer imenso que eu tenho de estar nas ruas de Mossoró, deixando a nossa cidade limpa”.

A criatividade, irreverência e alegria de Adriana Silva, gari há 15 anos, contagia a população independente do dia e hora. “Todos os dias a gente deixa as ruas de Mossoró limpas. A gente só trabalha com alegria. Trabalha assim, com beleza, com maquiagem, arrumada. Amo a minha profissão de gari”, disse Adriana Silva.

Uma profissão que passa de geração a geração, assim tem sido na família da jovem Regineide Mendonça, que a exemplo de sua mãe passa a compor a equipe de limpeza urbana atuando com a equipe feminina da coleta domiciliar. “Estou muito feliz. A cada dia que passa, nós mulheres estamos conquistando mais ainda o nosso espaço. Muito agradecida por hoje estar aqui, representando a minha mãe, que é gari, eu tenho muito orgulho dela”, frisou Regineide Mendonça.

Ao refletirmos sobre o encontro em homenagem ao Dia do Gari, somos lembrados da necessidade de promover o respeito e a gratidão pelos garis continuamente, não apenas em datas comemorativas, mas em cada oportunidade.  

Francisco Júlio Bezerra, conhecido nas ruas por “gari feliz”, apelido carinhoso que ganhou em virtude de forma de trabalhar que tem cativado a população por onde passa. “É prazeroso fazer parte desse dia, é um pouco puxado, mas é muito gostoso. O pessoal agradece quando nós passamos. Eles olham pra nós, acham graça, é uma função, não tem como explicar, eu gosto. Tenho oito anos nessa profissão e pra mim é importante demais. Creio que vou ficar para sempre aqui. Eu canto, danço, imito e é isso que o pessoal gosta, principalmente as crianças. Quando a gente passa as pessoas perguntam, cadê o cara que dança, cadê aquele cara, eu vou e danço e para o caminhão, bato foto, brinco. E é assim que a gente vai, com alegria, brincando, interagindo com as pessoas. E os colegas do trabalho também ajudam muito”, explicou Francisco Júlio, o “gari feliz”.

Ações como essa reafirmam o valor destes profissionais e motivam a sociedade a reconhecer e agradecer por sua contribuição indispensável à qualidade de vida urbana.

“A gente pede à população alguns cuidados essenciais e que a empresa se preocupa. Então, você em casa vai precisar descartar vidro quebrado, por exemplo, coloque dentro de alguma vasilha de plástico, ou de papelão, e identifique colocando o nomezinho lá, vidro, porque já ajuda ao pessoal quando for pegar e não se cortar. Outra coisa que a gente vê também muitas vezes é a falta de cuidado com o descarte de ferro, algum material mais cortante, e sem esquecer-se dos materiais perfurocortantes que muitas vezes a população descarta aqui. É interessante que as pessoas tenham essa consciência para também ajudar o gari a cumprir essa função de modo mais seguro”, orienta Thiago Marques, técnico de segurança da empresa Vale Norte.