segunda-feira - 13/04/2020

Após 23 dias em UTI e diagnosticada com Covid, professora comemora alta e alerta: "fiquem em casa!"

Por: Comunicação

Paciente diagnosticada com o novo coronavírus em Mossoró, a professora do curso de Letras e Artes da UERN, Lúcia Helena, sabe o que sofreu até receber alta hospitalar. Ela afirma a todo instante que a doença não é algo comum, sendo incomparável a qualquer outra síndrome respiratória.

Primeiro, Lúcia explica que surgiu uma irritação na garganta que durou dois dias. Um pouco depois veio um leve cansaço e tosse. A partir do terceiro dia, quando ela apresentou febre alta, perda do olfato e do paladar, e quando a falta de ar se acentuou, foi o momento de procurar um atendimento médico, quando ficou internada por 23 dias. Ela descreve o período que ficou em isolamento como ‘angustiante’.

Lúcia Helena ficou internada durante 23 dias. Foto: Arquivo Pessoal.

“A COVID não é uma gripe. É uma doença devastadora para algumas pessoas mais vulneráveis. A doença avança rapidamente e regride lentamente. Foram feitos todos os exames, inclusive o teste para a detecção do vírus, mas o resultado só saiu 8 dias depois, quando eu estava na UTI, já sendo tratada. Quando se tem a consciência de que se atingiu o estado grave da doença e de que tudo o que está sendo feito, a medicação que está sendo usada, pode ou não ter um efeito eficaz, é muito angustiante. Mas, entreguei minha vida a Deus e aos médicos. Temos que acreditar que no final tudo vai dar certo”, comentou.

Lúcia Helena foi internada no dia 20 de março, sendo liberada do hospital no dia 11 de abril. Apesar de não possuir mais a doença, ela apresenta uma lesão pulmonar decorrente do coronavírus. O momento agora é de descansar, e seguir o tratamento para se livrar dos efeitos colaterais. “A recuperação é muito lenta. É uma pequena, mas significativa vitória a cada dia. É preciso ter fé, muita força e paciência. Sempre fui muito bem assistida no hospital e isso nos dá mais tranquilidade para enfrentar o processo de recuperação”, falou.

A professora, casada e mãe de dois filhos, demonstra alívio por estar recuperada do vírus. “Gratidão me define. Sou grata a Deus, ao médico que me acompanhou, a toda a equipe do hospital, e a todos que oraram por minha saúde. Não há palavras que definam esse mix de sentimentos que se tem com a vitória alcançada”, comemorou.

O recado de quem venceu a doença, mas sabe o quão difícil foi a batalha, é apenas um: fique em casa. “Então, se você puder, fique em casa, se proteja, proteja a quem ama, proteja os profissionais da saúde, siga todas as orientações da Organização Mundial da Saúde, já tão divulgadas pelas mídias. E que tenhamos a cada dia mais força, fé e coragem para enfrentar essa pandemia”, finalizou.

A OMS declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.

As medidas de prevenção são: lavar as mãos com água e sabão ou com desinfetantes para mãos à base de álcool; ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço – em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos, e evitar o máximo possível sair de casa.

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