quarta-feira - 17/09/2025
Inclusão foi destaque da oitava Feira de Ciências da Rede Municipal de Ensino
Aparticipação de alunos com autismo, surdos e Pessoas Com Deficiência (PCD), lém da inclusão das crianças da Educação Infantil na edicção deste ano da Fecirme foi destaque
Por: Sayonara Amorim
A oitava Feira de Ciências da Rede Municipal de Ensino (VIII FECIRME) promovida pela Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Educação, dentro do Programa Mossoró Cidade Educação destacou a inclusão ao incentivar a participação de alunos com autismo, surdos e Pessoas Com Deficiência (PcDs) no evento. Além de incluir também, pela primeira vez, a participação das crianças da Educação Infantil.
O incentivo do município na educação garantiu que o projeto apresentado pelos alunos Wesley Lênin Praia da Silva, 14 anos, e Pedro Lucas de Lima Lopes, 14 anos, ambos alunos do 8º ano da Escola Municipal Marineide Pereira da Cunha ganhasse destaque na VIII FECIRME. Wesley é autista e juntamente com o colega de turma desenvolveram uma forma de explicar conteúdos na sala de aula em vários formatos, garantindo que todos os alunos com e sem deficiência pudessem compreender.

O projeto que Wesley e Pedro levaram para a VIII FECIRME, foi uma aula para explicar o sistema respiratório possível de ser explicado para cegos com explicações em áudio, escrita em braile e desenhos em auto relevo e para surdos com a linguagem em Libras. “A ideia do projeto foi exatamente alcançar todos os alunos e garantir que todos com e sem deficiência possam ter acesso as informações nas aulas”, explicou Wesley.
Outro projeto também voltado para a inclusão apresentado por alunas da Escola Municipal Marineide Pereira da Cunha foi sobre o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como disciplina obrigatória nas escolas. O projeto é das alunas do 8º ano Lara Suiane da Silva, 14 anos; Maria Luizza Marques, 14 anos e Felícia Janiny Fonseca de Melo, 14 anos. “A nossa proposta com esse projeto é mostrar a importância da Libras e propor que seja uma disciplina obrigatória para que todos os alunos possam falar e entender quando tiver colegas surdos na sala”, explicaram.

Maciel de Oliveira diretor da escola Marineide Pereira da Cunha destaca a importância do incentivo por parte do município na promoção da inclusão nas escolas. “Esse é o resultado do trabalho que vem sendo feito pela rede que mostra responsabilidade. O fato da gente ter uma feira que respeita a peculiaridade de cada um mostra o quanto o Programa Incluir tem surtido efeito na nossa rede”, ressaltou.

Os projetos apresentados nesta edição da FECIRME foram além de mostrar que é possível incluir. Um projeto que se destacou muito foi apresentado pela aluna Alexia Vitória Duarte Vasconcelos, 13 anos, surda e pelos colegas David Ruan, 13 anos e João Victor de Lima, 13 anos, que cursam o 6º ano na Escola Municipal Raimunda Nogueira do Couto. O projeto desenvolvido por eles foi uma cola à base de leite. Produto não tóxico que pode ser usado por crianças.

Para o professor Rodrigo Almeida que orientou Alexia e os colegas a desenvolverem o projeto, a experiência foi muito gratificante. ”Foi muito gratificante, a gente tenta potencializar esses aprendizados múltiplos e diversificados não só da aluna Alexia, mas também dos colegas de projeto, porém a gente contou com uma ajuda extremamente importante das intérpretes de Libras. Todo esse processo nos surpreendeu, porque o projeto é intere3ssante e ser apresentado em Libras está sendo uma experiência fantástica”, comentou Rodrigo.
Para o diretor da Escola Raimunda Nogueira do Couto Aroldo Dantas Monteiro, o resultado de todo o trabalho que vem sendo feito na escola está sendo mostrado na feira e está sendo muito importante para os alunos e para a escola. “Está sendo para nós motivo de muita satisfação ver esse resultado. Um projeto criado e apresentados pelos alunos da escola, onde uma integrante é surda é muito importante. Esse é o resultado do trabalho que vem sendo feito na escola onde temos uma professora de Libras que dá aula semanalmente para os alunos para que eles possam se comunicar melhor e ajudou muito na construção desse projeto”, detalhou Aroldo.
