sexta-feira - 29/03/2019
Agricultores da região da Maisa recebem capacitação sobre plantio de coco
Por: Comunicação
A produção de coco é uma cultura de fácil manejo, perene e que não requer tantos cuidados. Pensando nisso, a Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Agricultura, em parceria com a Emater e o Sebrae, levou um grupo de agricultores da região da Maisa para se inteirar sobre a atividade, na comunidade de Juremal, município de Baraúna.
“A ideia é ampliar a cultura coco na região, pensando no desenvolvimento, justamente trabalhando em parceria com lideranças comunitárias e associações. Pensamos na cultura do coco justamente por ser de fácil manejo”, destacou o secretário de Agricultura, Jean Carlos Vieira.
O grupo visitou a produção de Odilon Batista, que começou o cultivo do coco há quatro com cem pés e hoje possui mil pés de coco em seis hectares. “É uma cultura mais rústica e muito simples, além de ser econômica. Muitos desistem porque a produção só nos dá retorno para colheita após o terceiro ano. Eu comecei a plantar a quatro anos e estou há um ano colhendo, mas é um produto que tem crescimento de 20% ao ano no mercado”, disse o agricultor.
Ele lembrou que há sempre a preocupação de ter uma cultura permanente. “Quando a gente fica nessa cultura de ciclo curto e o risco é grande no preço. Nós aqui plantávamos melancia, só que o mercado oscila demais. Quando vimos essa ideia do coco, imediatamente acreditei e está compensado. Falta apenas montarmos uma cadeia produtiva”, continuou.
A esposa de Odilon, Mara Rúbia destacou que além da venda do coco, o produto traz renda de outras formas. “Do coco produzimos o óleo, a cocada, entre outros produtos e disto temos sobrevivido e sustentado nossa família”, afirmou.
O coordenador do escritório regional da Emater em Mossoró, Marcos Fábio destacou que a intenção é expandir a produção. “Nossa meta é chegar a dez mil pés de coco aqui na região, por isso convidamos representantes de diversas comunidades da Maisa”, destacou.
O gerente do escritório regional do Sebrae, Paulo Miranda, destacou que a instituição traz para os agricultores conhecimento na parte de gestão, especialmente na abertura do mercado. “Queremos ensinar para eles o máximo possível para que eles possam ver isso como um negócio e dele tirar o sustento da família”, frisou.
Fátima Silva, da Agrovila Nova União não está plantando nada em sua propriedade há algum tempo e foi atraída pela ideia do coco. “Plantava melancia, mas deu um tempo porque a terra estava sofrida. Agora vou investir no coco. Observei vários colegas plantando e realmente o nosso solo é muito bom para esse cultivo”, disse.