terça-feira - 04/05/2021

Transporte coletivo de Mossoró se adequa para manter serviço

Por: Wesley Duarte

O setor de transporte público coletivo, que, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) acumula R$ 11,75 bilhões em perdas entre março/2020 a fevereiro/2021, busca alternativas para manutenção do serviço. Em Mossoró, o cenário não é diferente: o segmento registra queda superior a 90% na demanda de passageiros, desde o início da pandemia no Brasil, em 2020. Associado aos efeitos da crise sanitária, o serviço enfrenta ainda seguidas altas no preço do diesel.

Diante do panorama negativo, a Cidade do Sol, concessionária responsável pelo serviço no município, adota, desde o início da pandemia, medidas para manter a operação, mesmo em meio ao crescente desequilíbrio financeiro. Desde meados do ano passado, o serviço opera com as linhas de maior fluxo (Abolição, Nova Vida e Vingt Rosado), que transportam cerca de 90% do total de passageiros transportados na cidade. Antes da pandemia, funcionavam 17 itinerários.

Contudo, as suspensões temporárias de itinerários deficitários não foram suficientes para garantir o equilíbrio financeiro.  Segundo o diretor da empresa, Waldemar Araújo, o quadro de funcionários, mantido completo mesmo sem operação da totalidade de linhas, precisou ser enxugado. Foram suspensos contratos de 23 colaboradores. Ele lembra que, tão logo ocorra aumento na demanda, as linhas poderão ser retomadas.

“Vivemos a maior crise sanitária e econômica do país. A pandemia nos atingiu em cheio e estamos adequando a operação para manter o serviço, mesmo com todas as dificuldades. Perdemos mais de 90% dos passageiros desde 2020, e, mesmo reduzindo as linhas, no ano passado, mantivemos os empregos de todos os colaboradores, mas, infelizmente, precisamos enxugar o quadro. Esperamos que tudo isso passe para que voltemos ao patamar de excelência do serviço que mantínhamos antes da pandemia, aprovado por 87% dos clientes da empresa”, destaca.

A confiança do setor na retomada e crescimento do serviço após a pandemia se deve a três fatores principais, segundo Araújo: ao compromisso da Prefeitura Municipal em apoiar, com medidas, para que o transporte coletivo em Mossoró evolua, conforme todo o planejamento pensado para a mobilidade urbana do município; ao fortalecimento da economia e ao aumento na demanda de passageiros.

Fonte: Assessoria de comunicação da Cidade do Sol

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