A Prefeitura de Mossoró, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), realizou a abertura de ações referente à campanha “Agosto Lilás”.

A campanha trata do enfrentamento da violência contra a mulher. Uma campanha nacional que este ano traz como tema: “Um instrumento de luta por uma vida livre de violência”, em comemoração aos 16 anos da Lei Maria da Penha. Soldado Larissa, que faz parte da Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, fala da importância da campanha na cidade.

“A Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar de Mossoró, está em atuação desde dezembro de 2021. Atualmente estamos com 80 casos. Acontece da seguinte forma: a mulher vai à delegacia, denuncia e através da justiça o processo chega até nós. A partir daí começamos as “visitas assistidas”, o nome que nós damos às mulheres vítimas de violência, e cada caso vai ser olhado de forma diferenciado. Esse mês é de grande importância e estamos aqui para atender a toda mulher que precisar”, frisou.

O evento contou com a participação da professora Fernanda Marques, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), que avaliou a presença da campanha nos movimentos feministas. “O ‘Agosto Lilás’ passou a fazer parte do movimento feminista, do movimento de mulheres, de todas as entidades e movimentos em defesa das mulheres há 16 anos com a aprovação da Lei Maria da Penha. Estamos com toda uma programação alusiva, chamando a atenção para as várias formas de violência contra as mulheres. Neste ano em Mossoró já foram registrados 2 casos de feminicídio e o Rio Grande do Norte está em 5º lugar em feminicídios no Brasil”, declarou.

Durante o mês de agosto, a Semasc está realizando algumas ações para conscientização da campanha "Agosto Lilás", por entender a importância de falar sobre o assunto, com o objetivo de encorajar as mulheres vítimas de violência a denunciarem seus agressores.

“Esse encontro está sendo organizado em rede, com várias instituições unidas para dar início a esta campanha riquíssima que vem para fortalecer as mulheres vítimas de violência. Como representante da Semasc vamos estar sempre aqui apoiando o movimento para fortalecer a defesa dos diretos das mulheres”, enfatizou a titular da pasta da Semasc, Evanice Fernandes.

Durante a pandemia os números dos casos de violência contra as mulheres aumentaram. Cláudia Lopes, que faz parte do Centro Feminista 8 de Março, fala com indignação em saber que mulheres são mortas simplesmente por serem mulheres. “As pessoas ainda matam as mulheres pelo simples fato de serem mulheres, pelo fato de elas não poderem decidir se querem ou não viverem ainda com seus companheiros. Isso é um absurdo”, disse.