Na manhã desta sexta-feira (8), o Programa Vida no Trânsito (PVT), da Prefeitura de Mossoró, realizou evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher. No Centro Administrativo da Cidadania Pref. Alcides Belo, o público presente foi recepcionado com histórias inspiradoras de mulheres, destacando lutas, conquistas e desafios no dia a dia e no mercado de trabalho.

Na data comemorativa, a sala de espera para usuários dos serviços públicos trouxe relatos de vida que mostram superação e vitórias das mulheres em meio aos desafios enfrentados no cotidiano no Brasil e no mundo. Experiências de vida que enaltecem a importância, valores e potencial feminino.

“Hoje nós estamos aqui para mostrar às mulheres que mesmo diante de todas as dificuldades do dia a dia, mostramos a nossa força, a nossa resiliência, resistência, principalmente por sermos da cidade de Mossoró. Essa sala de espera serve para mostrar que as dificuldades não podem nunca fazer desistirmos dos nossos sonhos, das nossas atividades. Aproveitamos para desejar parabéns a todas as mulheres, agradecer o apoio das mulheres que vêm a cada dia trabalhando para melhorar a vida de cada um”, declarou Morgana Dantas, secretária municipal de Saúde.

A atividade integra mais uma das muitas iniciativas desenvolvidas durante todo o ano pelo PVT no município. São ações práticas, educativas, informativas e de conscientização que acontecem nos equipamentos públicos e empresas privadas, frutos de uma parceria intersetorial com diversas outras instituições.

“Hoje nós pensamos em realizar um momento informativo em alusão ao Dia da Mulher, onde a gente pudesse estar trazendo essa reflexão de que a mulher pode estar em vários espaços. Pensamos no Dia da Mulher como referência de festa, de estar refletindo, mas também trouxemos a mulher como empoderada. A mulher pode estar em seus espaços, outros espaços como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), como no Corpo de Bombeiros. Isso para dizer que não existem espaços masculinos, mas existem espaços a serem conquistados. Enquanto o PVT a gente traz dados mostrando que a mulher é mais cautelosa no trânsito, a mulher usa a direção defensiva. A gente traz essa mensagem de que elas podem no trânsito fazer a diferença”, destacou Ana Leine Carlos, assistente social e coordenadora do PVT.

O Dia Internacional da Mulher é um momento para reflexão acerca do papel da mulher na sociedade. “A gente tem um desafio como mulher, não só dentro da minha profissão, mas na vida. Nós temos que dar conta de muitas coisas. A mulher não tem só uma única jornada, nós temos uma dupla ou tripla jornada. Apesar de biologicamente o homem ser mais forte fisicamente, de força bruta, nós temos tantas outras valências importantes, principalmente de multitarefas, de ter sensibilidade, de ser mais humana e isso é fundamental na vida da mulher nas profissões que elas exercem. Então, eu digo que todas as mulheres devem acreditar nos seus sonhos. Caso haja alguma dificuldade, ignorar qualquer crítica ou qualquer pessoa que queira te colocar pra baixo, dizer que não é capaz e trabalhar. Sempre focar naquilo que você tem e quer na sua vida. Se alguém falar que você não é capaz, use isso como combustível pra você se tornar aquilo que você sempre desejou”, frisou Márcia Martini, tenente-coronel, comandante do 3º Grupamento de Bombeiros Militar, em Mossoró.

Na programação, a enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Iraídes Souza, também relatou sua experiência de vida pessoal e profissional, apontando caminhos de superação que servem de inspiração não só para outras mulheres, mas para toda a sociedade.

“A gente falou sobre a força da mulher, a sua jornada de trabalho em casa e fora de casa. Isso tudo só aumenta a força dela. A gente pode estar em toda profissão. Eu sofri acidente, mas nem assim eu desisti e continuei trabalhando. Trabalho mais ainda, por sinal, e isso serve de incentivo. E também trazemos uma mensagem de trânsito, pois ainda registramos muitos acidentes de trânsitos e por isso precisamos falar sobre o tema. E a mulher no trânsito, ela traz muito menos acidente que o homem, mesmo ela sendo minoria”, pontou a enfermeira.