quarta-feira - 17/08/2022
Projetos científicos começam a ser apresentados nas feiras de ciências das escolas
Por: Maricelio Almeida
A etapa que antecede a realização da V Feira de Ciências da Rede Municipal de Ensino de Mossoró (FECIRME) foi iniciada nesta quarta-feira (17), com apresentação dos projetos desenvolvidos para as feiras realizadas nas escolas. Até o final deste mês, serão mais de 500 projetos expostos, contemplando unidades tanto da zona urbana quanto da zona rural. A programação começou pela Escola Ronald Pinheiro Néo Júnior, no bairro Planalto 13 de Maio.
“Nós temos 58 grupos apresentando projetos aqui. É a metodologia científica cada vez mais presente no dia a dia dos alunos, no conhecimento deles. Eles sabem agora como fazer uma pesquisa, como apresentar essa pesquisa, um trabalho que nós ficamos satisfeitos, porque conseguimos ver a feira sendo realizada de uma maneira positiva”, pontuou o professor Higo Thayrone, articulador da feira de ciências da Ronald Pinheiro.
Nesta quarta (17), as apresentações envolveram alunos de turmas do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental. A estudante Josiane Cassiano ficou feliz com o resultado do seu projeto. Ela desenvolveu jogos didáticos a partir de materiais recicláveis. “Na feira de ciências eu aprendi muito e muitos amigos me ajudaram. Esse projeto foi feito para crianças, adolescentes, jovens. Com materiais recicláveis, eu consegui fazer um jogo”, destacou.
Temas como o preconceito e o racismo também foram abordados nesse primeiro dia de feira na Escola Ronald Pinheiro Néo. “Muitas pessoas ainda praticam racismo no mundo e muitas delas não sabem diferenciar o racismo e o preconceito. No início da feira de ciências, aplicamos um questionário nas salas, perguntando se os alunos sabiam fazer essa diferenciação e os resultados estão expostos no nosso trabalho”, pontuou a aluna Emilly Jordana.
As vantagens da energia solar também foram evidenciadas na feira da Ronald Pinheiro Néo, como reforça a estudante Maria Isabel, do 6º ano. “A energia solar é uma energia limpa, não poluente, que a gente pode usar no dia a dia. Com a feira, a gente vai desenvolvendo muito os pensamentos, estimulando a criatividade, as várias formas de se executar uma ideia”, comentou.
O aluno Derick Silva abordou em seu trabalho o tema “Sistema Solar”. Ele ressaltou a importância da feira para o seu processo de formação. “A experiência de estar participando de uma feira de ciências é muito boa. Além de ser bom para o nosso conhecimento, permite ainda que a gente ganhe mais intimidade com outros colegas. Aprendemos também a fazer uma pesquisa científica, ganhando conhecimento sobre essa pesquisa”, enfatizou.
A apresentação dos projetos foi aberta aos familiares dos alunos. Maria da Conceição, mãe do estudante Carlos Eduardo, fez questão de prestigiar o trabalho do filho. “É gratificante estar aqui participando, prestigiando ele, e vendo que cada dia mais a escola Ronald tem um trabalho muito bom, isso é muito maravilhoso. Sinto muito orgulho, de estar participando e poder estar elogiando ele, para que ele possa aprender cada dia mais”, disse. “Uma feira como essa aumenta muito o nosso aprendizado”, complementou o filho de Maria da Conceição.
V Fecirme acontece em setembro
As feiras nas escolas antecedem a V Fecirme, que acontecerá nos dias 15 e 16 de setembro, com a expectativa de reunir cerca de 150 projetos, selecionados durante as feiras nas escolas, como destaca Hélio Oliveira, gerente executivo de Avaliação, Planejamento, Inovação e Tecnologia da SME e presidente da comissão organizadora da Fecirme.
“A partir da feira nas escolas serão selecionados os projetos que participarão da V Fecirme e, mais adiante, serão credenciados para outras importantes feiras. A realização de feiras de ciências como estratégia didática é muito importante para o desenvolvimento da metodologia científica desde os anos iniciais da Educação Básica, visando a formação de futuros pesquisadores nas mais diversas áreas do conhecimento”, pontuou.
O processo de preparação para as feiras nas escolas já vinha acontecendo há alguns meses, como explica o professor Alexandre Andrade, coordenador dos Anos Finais do Ensino Fundamental da SME. “Os professores trabalharam a metodologia científica com seus alunos no percurso das aulas e, juntos, construíram projetos científicos, partindo de problemas da realidade e buscando soluções que visem promover a inclusão, a integração escola e comunidade, a participação das mulheres na construção do conhecimento científico e inovação das práticas pedagógicas”.
Uma das principais novidades da V Fecirme e das feiras nas escolas é a inclusão das turmas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na programação do evento, como pontua Afonso Magnus, supervisor pedagógico na SME e membro da comissão organizadora do evento.
“Inicialmente nós temos as feiras sendo desenvolvidas nas escolas, até o dia 31 de agosto. Na sequência, teremos a V Fecirme, inclusive esse ano com um elemento novo, que é a nossa Feira Kids, porque até então a gente só trabalhava com alunos do 6º ao 9º ano, e agora nós temos a oportunidade também de começar com os pequeninhos, desde o 1º até o 5º, e do 6º ao 9º ano, de toda a Rede Municipal de Ensino”, afirmou Afonso.
Uma outra novidade no contexto de incentivo à ciência na Educação Básica é a participação da Escola Municipal Paulo Cavalcante de Moura na primeira edição da Feira de Ciências Kids do Semiárido Potiguar, iniciativa promovida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).