O programa "Mossoró Rural", desenvolvido pela Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU), através de investimentos da Prefeitura de Mossoró, está possibilitando cursos técnicos para atender ao homem do campo. O objetivo da ação é garantir que os produtores rurais tenham acesso a ferramentas que venham a melhorar a produção.

Nesta quarta-feira (8), os produtores do Projeto de Assentamento Paulo Freire estão recebendo aulas práticas do Curso de Operação e Manutenção de Arados Agrícolas, popularmente chamado também de Curso de Tratorista. No assentamento, 12 alunos estão participando da capacitação.

O curso está sendo ministrado em parceria entre a Prefeitura de Mossoró e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). De acordo com o instrutor do curso Vianney Renaldo de Oliveira, a capacitação tem 30 horas dividida em 18 aulas teóricas e 12 aulas práticas. “Esse curso está dando oportunidade ao homem do campo de mostrar suas vivências. Aqui o curso está fluindo muito bem com muita interação entre os alunos, todo mundo se ajuda”, destacou Vainney.

Dos doze alunos do Curso de Tratorista que está sendo ministrado no Assentamento Paulo Freire, apenas uma mulher se inscreveu e está se destacando entre o grupo. Vianney relatou que ela se apresentou no curso dizendo que queria aprender, mas que não sabia dirigir e nunca antes havia manuseado um trator. “A Neide está sendo um exemplo de determinação, ela chegou sem saber nada e hoje consegue pilotar muito bem o trator”, declarou.

EXEMPLO – Francisca Neide da Silva, 55 anos, agricultora, dona de casa e agora operadora de máquina pesada. Neide se destaca entre o grupo, não pelo o fato de ser a única mulher do grupo, mas pela força de vontade e habilidade demonstradas para operar o trator. “Para mim está sendo maravilhosa essa oportunidade, sou agricultora, dona de casa e agora operadora de máquina. Esse curso está sendo muito gratificante para mim”, relatou Neide.

A agricultora, que agora está prestes a receber o certificado de Operadora de Máquina Pesada, conta que não se sente tratada diferente por ser a única mulher entre 11 homens. “Eu já cheguei dizendo que podiam me tratar como todos, não tem diferença não. Eu agora sabendo operar um trator, estou é me achando”, ressaltou Neide.