quinta-feira - 11/08/2022
“Maria vai às ruas”: CRAS Quixabeirinha realiza ação para enfatizar a importância de combater a violência doméstica
Por: Solange Santos
Em alusão à campanha “Agosto Lilás”, na tarde desta quinta-feira (11), o Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) Quixabeirinha e os CRASs dos bairros Bom Jesus e Costa e Silva foram às ruas do bairro Aeroporto II com a ação “Maria vai às ruas”. Essa movimentação teve como objetivo chamar a atenção da população sobre os casos de violência contra as mulheres.
“Nosso objetivo hoje aqui foi informar e conscientizar a população que a violência contra a mulher é algo que infelizmente está presente em todo o Brasil. Precisamos falar que a violência doméstica é crime", declarou a diretora do CRAS Quixabeirinha
O evento contou com a participação da equipe da “Patrulha Maria da Penha”, que encorajou as mulheres a denunciarem seus agressores. Coordenadora de ações educativas da Patrulha, Lilian Cynthia fala da importância de realizar ações de conscientização para prevenir os casos de violência.
“A campanha ‘Agosto Lilás’ é muito importante, um mês intenso cheio de ações para levar esclarecimento à população no intuito de conscientizar que em Mossoró existe toda uma rede de proteção para que cada vez mais mulheres se informem e saibam a quem procurar quando precisarem de ajuda”, frisou.
Falar abertamente sobre algum tipo de violência sofrida não é algo fácil. É uma ferida que se abre trazendo à memória momentos de horror. Mas que às vezes é preciso compartilhar para ajudar outras mulheres a criarem coragem de denunciar seus agressores e fazer com que elas lembrem e entendam que toda mulher merece ser amada e respeitada. A dona de casa Aldejane Pereira e a vendedora ambulante Silvana Justino compartilharam suas histórias de sofrimento.
“Eu incentivo muito outras mulheres a não aceitarem ser maltratadas. Eu passei quase 2 anos sofrendo violência dentro de casa, mas um dia tomei a decisão de ir embora, porque eu entendi que nós mulheres merecemos respeito, pois trabalhamos e cuidamos dos nossos filhos. Por que bater? A vida de uma mulher já é tão difícil, não merecemos ser maltratadas”, disse Aldejane Pereira.
“Eu sofri agressões muito fortes a ponto de ele quebrar meu braço. Ainda usava palavras que me feriam profundamente. Eu não vivia com um homem, eu convivi com um monstro, mas Deus me deu força e coragem para eu conseguir me livrar dele. Eu quero dizer às mulheres que sofrem o que já sofri, que busquem ajuda para evitar que o pior aconteça”, concluiu Silvana Justino.
O projeto “Maria vai às ruas” ainda vai caminhar pelo bairro Bom Jesus dia 17 e dia 30 no bairro Costa e Silva.