Após a participação inédita dos alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental na Feira Kids do Semiárido Potiguar, estudantes do 6º ao 9º ano da Rede Municipal de Ensino também estão tendo a oportunidade de expor os seus trabalhos na XII Feira de Ciências do Semiárido Potiguar (FCSP), cuja programação segue até esta quinta-feira (27), no Centro de Exposições Enéas Negreiros (EXPOCENTER).

A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Mossoró apresenta, nesta etapa do evento, 25 projetos desenvolvidos por cerca de 75 alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Os trabalhos expostos no evento promovido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) foram credenciados a partir da V Feira de Ciências da Rede Municipal de Ensino de Mossoró (FECIRME), realizada em setembro.

“Nossos alunos estão tendo a oportunidade de conhecer a Universidade e apresentar suas pesquisas para pessoas de Mossoró e região, além de terem a possibilidade de credenciamento a outras feiras de ciências de abrangência regional, nacional e até internacional”, afirma Alexandre Andrade, coordenador da V Fecirme e do Ensino Fundamental Anos Finais da SME.

Os projetos abordam temas como sustentabilidade, inclusão, redes sociais, entre outros. Os estudantes da Escola Municipal Duarte Filho, Letícia Gabrielly e Joanan Gabriel, por exemplo, optaram por trabalhar a importância do incentivo à leitura. “A gente pensou: como está a leitura na nossa escola? Quantas pessoas leem, quantas não leem? Se a gente conseguir mostrar para o aluno que a leitura pode ser divertida, alcançaremos o nosso objetivo. Juntamos um grupo, estimulando a leitura em encontros realizados uma vez por semana”, destacou. 

“Foi a nossa primeira Feira de Ciências e a gente já conseguiu chegar nessa fase. Nós pensamos em como ajudar os alunos que apresentavam déficit literário por conta da pandemia. A leitura está presente em tudo na sua vida, por isso decidimos colocar toda a nossa força e nossa energia nesse projeto”, complementou Joanan Gabriel.

O meio ambiente também foi destaque nos projetos dos alunos da Rede Municipal. Maria Raquel e Fladson Mikelvin, da Escola Alcides Manoel, produziram um bioplástico com batata inglesa. “É uma oportunidade muito grande, porque qualquer estudante quer participar de uma feira como essa. Nosso projeto foi criar um bioplástico, a partir da batata inglesa. Utilizamos água, vinagre, entre outros elementos”, relatou Maria Raquel. “O biplástico acaba ajudando o meio ambiente, porque a poluição é um grande problema”, acrescentou Fladson.

Estudante do 4º nível do EJA (Educação de Jovens e Adultos), Vitória Cristina levou à Feira de Ciências do Seminário, com o seu grupo, um projeto que debate os prejuízos da poluição sonora para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Deficiência Intelectual (DI). “Esse é um assunto pertinente nos dias de hoje, e é muito importante que alguém realmente questione sobre isso”, pontuou.

Tanto escolas da zona urbana quanto da zona rural participam da Feira de Ciências do Semiárido Potiguar. O professor Jailson Antônio, da Escola Municipal São Romão, reforça a importância do evento científico para a formação dos alunos.

“Tudo começou com a Feira de Ciências na escola, com todo o incentivo da escola, dos professores, o convencimento dos pais. Os alunos vão tendo aquele entusiasmo com essa forma diferente de estudar, de desenvolver o projeto. Cada etapa que eles passam é uma vitória, é uma conquista. Para a escola, para os alunos, para toda a comunidade é um marco no nosso ensino”, afirmou.

Estudante da Escola São Romão, Ryan Rafael, ao lado do seu grupo, apresenta no evento realizado no Expocenter um projeto sobre sustentabilidade. “Falamos sobre a agricultura natural, que não utiliza defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e maquinários agrícolas. A feira, de maneira geral, está muito interessante, com muitos projetos legais”, afirmou.

As apresentações seguem nesta quinta-feira (27), a partir das 8h30, com encerramento às 16h. “Estamos todos muito felizes. É uma experiência riquíssima, tanto para nós, da Secretaria, como para nossos estudantes, porque eles passaram por todo um período, com várias etapas até chegar aqui. É gratificante vê-los se esforçando, dedicados. Queremos agradecer aos professores, diretores, alunos, e à SME pelo apoio e incentivo à ciência”, finalizou Joralice Cristina, que integra a coordenação V Fecirme.