A reunião da Defesa Civil no Palácio da Resistência contou com a presença do meteorologista da UFERSA José Espínola. O especialista apresentou as previsões e os dados científicos sobre previsão de chuvas para o Norte/Nordeste, com destaque para o Rio Grande do Norte e Mossoró.

Sobre a chuva do último dia 29, o meteorologista relatou que a intensidade foi superior ao previsto. “O problema da chuva do último dia 29 foi a intensidade. Foram 100 milímetros em cerca de duas horas. Não tem sistema de drenagem que dê vazão. Não há como estar preparado”, informa Espínola.

Para as previsões dos meses seguintes leva-se em consideração a Zona de Convergência Intertropical e os fenômenos de El Niño e La Niña no Oceano Pacífico. “Se há tendência para El Niño existe previsão de seca, se for La Niña é chuva. Por enquanto os dados apontam para uma neutralidade, mas esperamos chuvas acima da média”, explica, citando em apresentação a previsão climática dos meses de março, abril e maio que apontam de normal a acima da média no Rio Grande do Norte ao norte da Bahia, incluindo parte da região semiárida.

Em seus estudos durante reunião da Defesa Civil, o climatologista detalhou ainda sobre os chamados Vórtices Ciclônicos de Ar Superior que atingem a região Nordeste do Brasil, cuja maior frequência ocorre entre os meses de janeiro e fevereiro.

Segundo os dados, Mossoró registrou em 2020 aproximadamente 178 mm de chuvas. A previsão para os próximos meses de março a maio é de 480 mm na cidade.

Com as informações detalhadas da meteorologia, a Defesa Civil já anuncia medidas de prevenção, tendo em vista os pontos de alagamento. “A chuva de sábado nos trouxe alguns ensinamentos e também a identificação de novos pontos que precisam de mais atenção das equipes da Defesa Civil”, citou Osnildo Morais, coordenador, que já conta com ampliação das equipes para atuação em toda a cidade.