"Arte ao vivo no MCJ": Marcelo Amarelo celebra 31 anos de carreira com performance no Memorial da Resistência
Por: Fábio Oliveira

O artista plástico mossoroense Marcelo Amarelo realiza uma performance artística inédita durante o "Mossoró Cidade Junina" 2025, levando cores, memória e cultura ao coração do Corredor Cultural. Em frente ao Memorial da Resistência, o público tem a oportunidade de acompanhar, ao vivo, a criação de obras utilizando a técnica do grafite, a partir da tinta em spray sobre painéis feitos de papel filme, inspiradas nos símbolos e personagens da tradicional festa junina mossoroense.
A performance, intitulada “Arte ao vivo no Mossoró Cidade Junina”, teve início no dia 12 de junho e segue até este sábado, 14, com a proposta de pintar um painel a cada noite. Ao final de cada sessão, os visitantes — incluindo turistas que circulam pelo circuito — são convidados a levar pequenos pedaços da obra como lembrança, transformando a arte em experiência compartilhada e afetuosa.
Marcelo Amarelo também presenteia o público com cartões postais, em forma de xilogravuras feitas na hora, cujas imagens refletem o espírito festivo, cultural e libertário do povo mossoroense. Entre os temas representados estão a icônica Capela de São Vicente, cenário histórico da resistência ao bando de Lampião, em 1927, e homenagens ao poeta popular Antônio Francisco, uma das grandes vozes da cultura potiguar. São artes que ele batizou de IA, aproveitando um termo atual, mas que em sua tradução tem um significado bem mais pessoal e espirituoso: Inteligência Amarela.
“É uma forma de aproximar o público da arte de rua, trazendo elementos da nossa história e do nosso folclore para o presente, em uma linguagem visual acessível e impactante”, destaca Marcelo, que celebra nesta edição seus 31 anos de trajetória artística.
A intervenção integra a programação cultural do "Mossoró Cidade Junina" 2025, que movimenta a cidade com shows, manifestações populares, gastronomia e expressões artísticas diversas, transformando Mossoró em um grande palco a céu aberto. A ação de Marcelo Amarelo reforça o papel da arte como instrumento de memória, identidade e participação popular.