Uma das marcas mais presentes nas últimas edições do "Mossoró Cidade Junina" é a inclusão. O são joão mais cultural do Brasil é um dos pioneiros na utilização de intérpretes de libras para a comunidade surda. Os polos Estação das Artes Poeta Elizeu Ventania e Arraiá do Povo Poeta Zé Lima contam com os profissionais que facilitam a comunicação com as pessoas com deficiência auditiva.

Esse é o quarto ano consecutivo que o trabalho é realizado no "Mossoró Cidade Junina". Na edição deste ano, os polos Estação das Artes e Arraiá do Povo contam com quatro profissionais que se revezam a cada três músicas. Sandra Rossiely é uma das intérpretes de libras que trabalham nos polos do MCJ e destacou o trabalho realizado pela equipe.

“Nosso trabalho é importante para passar a comunicação à comunidade surda. Quando os artistas estão cantando fazemos a interpretação das letras e dos ritmos para passar toda a emoção das músicas para essas pessoas”, explicou Sandra, que informou que esse trabalho no município começou na pandemia.

“Desde a pandemia que realizamos esse trabalho e com a volta dos shows presenciais também nos palcos no "Mossoró Cidade Junina". Através desse trabalho da Prefeitura de Mossoró em relação à inclusão aproveitamos essa oportunidade de mostrar nosso trabalho e também colaborar com essa medida do Município para a inclusão da comunidade surda nos eventos realizados pela Prefeitura”.

Jackelyne Menezes também realiza o trabalho de intérprete de libras no São João de Mossoró e ressalta que a receptividade tem sido positiva. “Esse trabalho de inclusão da Prefeitura de Mossoró é muito positivo. Temos uma sensação muito grande de felicidade de ver a comunidade inclusa dando acesso a essas pessoas à cultura, que é um direito de todos. A receptividade ao nosso trabalho tem sido maravilhosa. Temos tido um feedback ótimo, que é muito importante para o nosso trabalho. Passamos informações para que esse público também tenha acesso às festas”.

Miliane Marciel frisa que é uma sensação maravilhosa estar presente nestes eventos e ajuda a comunidade surda a sentir os shows. “É algo que amo fazer. É uma experiência maravilhosa e também uma responsabilidade muito grande de passarmos essa emoção para a comunidade surda que vai assistir a esses shows e que interpretamos para eles”, contou.

Os intérpretes de libras ficam na lateral dos palcos principais (Estação das Artes e Arraiá do Povo) em um lugar estratégico para poderem desempenhar o trabalho e serem visualizados pela comunidade surda nas apresentações dos artistas.