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 Desenvolvimento Econômico
Quarta-feira - 14/07/2021

Prefeitura se reúne com governo do estado e empresas para tratar da instalação do Polo Cloroquímico em Mossoró


Foto: Allan Phablo/PMM

A instalação do Polo Cloroquímico PCK Nordeste no município foi pauta da reunião entre a Prefeitura de Mossoró e o Governo do Estado, nesta quarta-feira (14), em Natal. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Franklin Filgueira, se reuniu com a governadora Fátima Bezerra, e empresas envolvidas no projeto. Mossoró será o primeiro município a receber as fábricas do Polo Cloroquímico que trarão mais investimentos e empregos.

"Uma grande satisfação de ver o projeto do Polo Cloroquímico PCK Nordeste se instalando no Rio Grande do Norte, em especial contando com apoio da Prefeitura de Mossoró. A Prefeitura de Mossoró quando tomou conhecimento do projeto do economista Carlos Duarte embarca na sua ideia porque entendemos que esse projeto é uma redenção da economia potiguar. É um projeto que pode causar um impacto de até 18% no PIB, vai gerar 9.500 empregos na região polo com muitos recursos naturais e mão de obra. Mossoró tem as condições de receber a estrutura para ele destinado. A gente espera contar com cooperação do setor produtivo do estado como um todo, mas em especial pelo Governo do Estado através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para que esse projeto enfim possa acontecer e todos os benefícios que estão definidos em projeto", destacou o secretário Franklin Filgueira.

A governadora Fátima Bezerra ressaltou a importância da integração entre os quatro municípios que receberão os investimentos do Polo Cloroquímico e o Estado. "Será criado um grupo de trabalho com presença dos representantes dos municípios para que a gente dê continuidade a esse estudo. Naturalmente, isso aqui é algo preliminar a gente precisa dar encaminhamento e precisa de mais dados, inclusive do ponto de vista técnico. Um grupo de trabalho sob a coordenação do Governo do Estado junto com FIERN, representação do setor econômico das prefeituras, as empresas e o idealizador do projeto para que a gente dê continuidade nas nossas tratativas para tornar isso realidade", disse a governadora.

A Koyo Intership Trading e TFB & Energy, que são investidora e articuladora do polo, foram representadas pelo vice-presidente nomeado Joaquim Franco Júnior. “O Rio Grande do Norte é um estado abençoado por Deus, tanto em relação às suas reservas quanto ao seu povo. Povo nordestino, povo trabalhador, um povo que acredita em si e um povo que tem condições de transformar sonhos em realidade, que nada mais é que contribuir para que isso efetivamente saia da ideia e se transforme em realidade. É fundamental dentro disso que nós como povo, representante do povo como iniciativa privada tenhamos o senso da irmandade do interesse comum de transformar e mostrar para o Brasil e para o mundo do que nossa região é capaz, do que efetivamente podemos contribuir para isso”, enfatizou o vice-presidente nomeado da empresa.

Participaram da reunião o vice-governador Antenor Roberto, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte Jaime Calado, o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do RN, Sílvio Torquato, parlamentares e representantes de entidades.

O autor do projeto do Polo Cloroquímico, o economista Carlos Duarte, apresentou detalhes do megaempreendimento. Mossoró, Guamaré, Macau e Porto do Mangue integram o projeto do Polo Cloroquímico. A capital do Oeste Potiguar terá importantes plantas industriais, ou seja, fábricas onde os produtos e derivados químicos serão fabricados. Mossoró terá fábricas de Soda-Cloro, PVC e Usina de Geração de Energia com capacidade de 350 Mwh Pot em área de 1.500 hectares. A previsão é que em dois anos e meio as fábricas comecem a funcionar em Mossoró.

“Esse momento agora é de arranjo junto aos investidores e as instituições governamentais federais, municipais, estaduais e os órgãos que farão os licenciamentos para gente mostrar e apresentar o projeto, fazer os protocolos de intenções para normatizar dentro do que é pertinente na lei. Depois dessa fase, cumprido os protocolos de intenções que tem em média de 150 a 180 dias, dependendo do município. Passada essa fase, vamos partir para aquisições de terrenos, fazer as avaliações de impacto ambiental. Isso liberado vamos fazer os estudos de impacto socioeconômico e ambiental novamente para aí se começar a fazer as licenças de instalação. Mossoró por ser uma cidade polo e por abrigar um dos núcleos importantes do projeto, no sentido de que a gente tem que começar por essa unidade, por que ela irá gerar os insumos das unidades subsequentes. É por isso que nesse caso o município de Mossoró começa primeiro”, explicou Carlos Duarte, idealizador do projeto.

Assinatura 
No último dia 9 de junho, as empresas Koyo Intership Trading e TFB & Energy assinaram o Protocolo Municipal de Intenções (PMI) com a Prefeitura de Mossoró, no Palácio da Resistência. O prefeito Allyson Bezerra recebeu a comitiva das empresas que investirão no projeto. O município de Mossoró já atua para sediar o megaempreendimento que utilizará recursos naturais da região (gás, minérios e sal) na fabricação de vários produtos. O empreendimento no RN contemplará complexo de produção de carbonato de sódio, fertilizantes, rações minerais, magnésio metálico e PVC, além de usina solar, Planta Barrilha e terminal portuário osffshore multissetorial.

O investimento do consórcio no município deve atrair investimentos na ordem de 5 bilhões de dólares. Metade do investimento deverá ser empregada na primeira etapa de instalação. O investimento inicial para o polo industrial é de 2,5 bilhões de dólares e geração de 2.500 empregos diretos e até 7 mil empregos indiretos. A primeira etapa de implantação será nos próximos três anos. No prazo de um ano serão feitos os estudos e licenças.

“O valor efetivo de investimento acordado e garantido com documentos, nós já temos 1,5 bilhão de dólares comprometidos e mais quanto mais for necessário para que esse empreendimento possa ir para frente. Isso não é um sonho, isso não é uma falácia, é uma realidade constatada. A nossa empresa TFB é uma empresa pequena, mas é uma empresa que já está no mercado que focou na capacidade de geração de energia limpa. Nós tivemos a felicidade dentro dessa estruturação de sermos a empresa escolhida para poder fazer, montar os 350 Mwh. A nossa entrada desse complexo não é o parceiro investidor, somos o parceiro aglutinador. Somos o parceiro que conseguimos captar o potencial do projeto, o potencial do estado e apresentar para esse parceiro. Fazer com que ele perceba a grande capacidade de lucratividade e garantia de investimento”, afirmou vice-presidente da TFB.

De acordo a TFB & Energy, em até 90 dias o megaempreendimento terá uma empresa de sociedade anônima de capital fechado com percentual de 2,5 bilhões de dólares para poder garantir que a parte inicial seja dada prosseguimento e concluída. “Os outros 2,5 bilhões de dólares nesse primeiro momento não vem do nosso bolso. Ele virá exatamente das empresas que estarão interessadas no projeto e para poder se instalar vão ter que fazer os aportes. Temos o percentual de que 50% da estruturação já está garantida dentro desse leque e os outros 50% vamos ter a possibilidade de exatamente trazer para essa estruturação de negócio”, garantiu Joaquim Franco Júnior.


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